sábado, 12 de novembro de 2011

O alto preço da ofensa


O alto preço da ofensa

Muitos do Corpo de Cristo tem dado munição ao mundo, com a qual o cristianismo é atacado. Alguns incrédulos são bastantes severos em suas criticas à Igreja devido ao exemplo errado que muitos cristãos demonstram a eles. Jesus disse: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, Se vos amardes uns aos outros (João 13.35). Além disso, o mundo tem testemunhado os cristãos brigando, mentindo, fazendo calunias e ofendendo uns aos outros.

O mundo não se impressiona com nossa confissão de fé nem com a nossa proclamação da mensagem de fé quando nos ver destratar nossos irmãos no Senhor. Por certo, devemos ficar entusiasmados a respeito da Mensagem da fé e da supressão de nossas necessidades e nossos desejos. A humanidade precisa ver nosso entusiasmo acerca dos assuntos divinos – sobre ser abençoado e também uma benção para os outros.

Todavia, todo entusiasmo no mundo não substitui a fé genuína na Palavra e nascida do amor. Quando manifestarmos o fruto do Espírito, e a Palavra do Senhor produzir algo em nossa vida, as pessoas perceberão e pararão de nos acusar, dizendo que vivemos em “um mundo de faz de conta” e chamamos isso de fé.

Com freqüência, a pessoa não nota o grande prejuízo que causou a si mesma quando guarda rancor contra alguém, isso porque os efeitos de seu pecado não se manifestam de modo imediato ou durante a noite. Eles começam vagarosa e sutilmente, e se desenvolvem até ela se encher de amargura a ponto de quase se tornar outra pessoa.

Por vezes, comparam atitude de guardar rancor a alguém que permite o acumulo de colesterol em suas artérias, o qual ocorre pouco a pouco, até elas ficarem complemente entupidas, e o sangue parar de fluir por essas veias.

Observe que, no começo, as artérias não são entupidas. Elas ficam desse modo, gradativamente, com apenas um pouco de colesterol atacando as paredes das veias, o que “atrai” cada vez mais colesterol. Quando é descoberto, o estrago, muitas vezes não pode ser reparado.

Semelhantemente, “um pouco” só de rancor com o qual você se recusa a lidar ou que negligencia pode inflamar-se e tornar-se cada vez maior até impedir o fluir do Espírito na vida. Não quero dizer que um cristão com rancor perde sua salvação;simplesmente estou afirmando que ele anda e vive como uma pessoa não-nascida de novo, pois ele mesmo impede o fluir da vida, a bênção e o favor nele próprio, dos quais ele mesmo deveria estar usufruindo.

Além disso, já percebeu que aquele que não libera perdão não só perde sua paz e alegria, como também para de andar na luz? A pessoa ofendida não soube lidar com isso de acordo com os padrões bíblicos fica, freqüentemente, confusa em seus pensamentos, tornando-se vulnerável a acreditar ensinamentos estranhos que a fazem enganar-se ainda mais com relação à justiça.

Não há duvidas. Se não estamos andando no amor de Deus, não estamos na sua luz. Pelo contrário, caminhamos nas trevas de Satanás, no pecado e no mundo. No entanto, o Salmo 36.9 diz: “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz.” Quando andamos no amor e na luz do Senhor, conseguimos ver a luz.

Certa vez, um jovem estudante do Centro de Treinamento Bíblico RHEMA chegou a mim desesperado, porque o mundo parecia desmoronar ao seu redor. Durante nossa conversa, o rapaz revelou que, pelo fato do seu colega de quarto ter-se mudado para outra residência, ele, sozinho, não conseguiria manter financeiramente o apartamento. Por isso teve de fazer algumas mudanças na vida, o que significou transferir-se para um local menor, não tão bom quanto aquele onde morava. Na verdade, ele chamava esse novo apartamento de espelunca.

Ao contar-me sua história, mostrei aquele jovem que ele estava irado e ofendido por seu companheiro de quarto ter-se mudado. Os dois haviam acertado, verbalmente, alugar juntos um apartamento melhor durante o ano letivo. Entretanto, quando o aluguel do sexto mês estava prestes a vencer, aquele colega deu-lhe a notícia de que, dentro de dois meses, sairia dali para ter o próprio apartamento.

Depois de conversar comigo por um tempo, o jovem, por fim, deixou escapar: “Ele não cumprio o trato até o fim. Ele agiu errado comigo”

Fiz o meu melhor para encorajar esse aluno a deixar para trás e continuar a vida com o que Deus tinha reservado para ele em seus estudos e em seu ministério. De fato, encorajei-o fortemente. Ele ficou tão bravo em determinado momento, a ponto de eu dizer de forma direta: “Olha, filho, é melhor você esquecer tudo isso, ou arruinará sua vida!”.

Em pouco tempo – faltando, aproximadamente, um mês para o termino das aulas -, o reitor dos estudantes teve de expulsar esse rapaz. Apesar de todo o nosso esforço para trabalhar com ele, seu comportamento ficou tão bizarro e excêntrico, que não tivemos outra opção, a não ser deixá-lo partir.


Naquela época, o uniforme do aluno do RHEMA era calça, camisa e gravata. Porém, esse jovem aparecia na sala de jeans e camiseta. O pior é que, cada vez que era confrontado, ele se recusava a mudar. Chegou a sair do campo gritando diversas coisas, como: “Este é um país livre; posso vestir o que quiser!”.

Durante um incidente em particular, um dos membros da faculdade tentou explicar-lhe sua obrigação de cumprir as normas da instituição estabelecidas no manual do aluno. Mas, ele retrucou: “E daí? Mostre-me essa norma na bíblia!”.

O membro da faculdade respondeu com sabedoria: “Bem, não há nada na palavra de Deus dizendo que é necessário eu ter uma carteira de motorista para poder dirigir. No entanto, se me pegarem dirigindo sem a habilitação, sofrerei as conseqüências, de qualquer maneira”.

Algumas partes dessa história poderiam ser cômicas, se a situação não fosse tão triste. O estudante recusou-se a mudar. Embora fosse um aluno promissor, que havia tirado notas boas na escola, sua vida começou a arruinar-se, porque ele permitiu ao inimigo uma morada por meio da ofensa.

A amargura em seu coração afetou sua educação, seu trabalho e muitos de seus relacionamentos – toda a sua vida –, tudo isso porque ele não perdoou.

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